Notícia SINASEFE IFSul

6 de dezembro 2017

#05deDezembro: Base do Sinasefe-IFSul mobilizada contra a reforma da previdência e os ataques do governo

A terça-feira, 5/12, ficou marcada por mais um dia de luta dos trabalhadores contra a reforma da previdência e os ataques do governo. O dia nacional de paralisação, convocado pelo Sinasefe Nacional, teve ampla adesão da base do Sinasefe-IFSul, que esteve presente em diversas mobilizações pelo estado. A paralisação no instituto foi discutida em diversas reuniões locais de base e aprovada em assembleia geral, realizada no dia 30 de novembro.
Convocada inicialmente como Greve Geral, a mobilização dos trabalhadores pressionou o governo, que adiou a votação prevista para o dia 6/12. O movimento teve um importante impacto, nesse momento delicado de tensionamento, mas é fundamental que os movimento mantenham-se alertas para qualquer tentativa de votação que possa ocorrer nos próximos dias.
Além da reforma da previdência, o Dia Nacional de Paralisação e mobilização também teve como pauta: a revogação da Reforma Trabalhista e das leis de terceirização; a revogação da Emenda Constitucional nº 95, que congela investimentos em áreas sociais e sucateia os serviços públicos; a retirada de todos os projetos de lei e medidas provisórias que atacam os direitos do funcionalismo público; o arquivamento do PLS 116, que prevê a demissão de servidores públicos estáveis; a revogação da MPV 805, que congela reajuste salarial de servidores públicos e eleva a contribuição previdência de 11% para 14%; a suspensão do pagamento e auditoria com participação popular da dívida pública para garantir serviços públicos de qualidade à população.
Mobilização em PelotasEm Pelotas, a mobilização iniciou pela manhã, na Câmara de Vereadores, onde representantes dos movimentos sociais, sindicais e população esteve pressionando os vereadores para barrar a implantação do lixão na cidade. O projeto da vereadora Zilda Bürkle, já aprovado e vetado pela prefeita Paula Mascarenhas, inclui no Código do Meio Ambiente do Município a proibição de que se traga lixo de outras cidades para Pelotas.
Com a pressão popular, o veto foi derrubado, e o projeto aprovado. Assim, fica proibida a instalação do aterro sanitário na região do Cerrito Alegre, evitando a contaminação do lençol freático da região e, consequentemente, prejuízos para a produção rural. A plenária também aprovou uma moção de vereadores contrários à Reforma da Previdência, que será encaminhada ao Congresso Nacional.
Durante a tarde, os manifestarem se reuniram no largo do Mercado Público de Pelotas, onde foi realizado um ato show. Com música, falas dos movimentos sociais, sindicais e apresentações artísticas, a atividade promoveu a aproximação com a comunidade local e o diálogo sobre os ataques da reforma da previdência e dos demais projetos do governo Temer.
Mobilização em Passo FundoNesta terça-feira, 5, pela manhã, servidores e estudantes do IFSul Passo Fundo estiveram presentes no auditório do campus para discutir as ameaças à educação, orquestradas pelo governo federal e que tramitam no legislativo. Após a conversa, a comunidade acadêmica se reuniu, em frente ao campus, com faixas e cartazes com mensagens em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e em apoio aos Institutos Federais.Recentemente, relatórios do Banco Mundial e manifestações do MEC acenam para a privatização das instituições públicas e cobranças de mensalidades aos estudantes, além de inúmeras outras medidas governamentais que ameaçam, significativamente, a garantia da continuidade dos serviços públicos em educação. Dados também demonstram que a maioria dos estudantes de Institutos Federais possuem renda per capita inferior a 1,5 salários mínimos, o que fecharia a porta dos institutos para quem mais precisa.
Mobilização em Porto AlegreEm uma intensa agenda de mobilização, os servidores do IFSul da região metropolitana se reuniram em Porto Alegre para protestar contra a reforma da previdência e contra os ataques do governo. No início da manhã, os manifestantes se reuniram na estação rodoviária da capital, onde panfletaram e dialogaram com a comunidade sobre as ameaças dos projetos que tramitam no legislativo. Na sequência, seguiram em marcha para o INSS, onde houve um ato em defesa da previdência social.
Após a atividade em frente ao INSS, os manifestantes seguiram em marcha até o palácio Piratini, para mais um ato. Em frente ao Piratini, eles rechaçaram o governo Sartori e seus incessantes ataques aos trabalhadores do estado, que desde o início de seu governo recebem salários parcelados. O grupo protestou, também, contra as investidas do governo do estado em privatizar todo o patrimônio possível do Rio Grande do Sul. Durante a tarde, um Sarau político-poético-musical encerrou as atividades.

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