Notícia SINASEFE IFSul

15 de julho 2025

Com vacinação em baixa, mais de 400 pessoas já morreram por gripe no RS em 2025

Com vacinação em baixa, mais de 400 pessoas já morreram por gripe no RS em 2025 O Rio Grande do Sul enfrenta, em 2025, o maior número de hospitalizações e mortes por gripe (influenza) desde a pandemia de H1N1, em 2009. Até esta segunda-feira (14) foram registradas 2.654 internações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo vírus da gripe, com 423 mortes confirmadas. Os números superam todos os anos anteriores, mesmo com o inverno ainda em curso.Segundo o governo estadual, a situação se agrava com a baixa adesão à vacinação neste ano. Dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES) mostram que 82% das pessoas hospitalizadas e 78% das que morreram por gripe não estavam vacinadas. Os idosos são os mais afetados pela doença em 2025, representando 58% das internações e 77% dos óbitos.A dose da vacina, que é segura e gratuita, está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde maio. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários segue muito abaixo da meta de 90%. Até o momento, apenas 49,4% dos públicos prioritários (idosos, crianças pequenas e gestantes) receberam a dose anual.A vacina contra a gripe protege contra as cepas mais recentes dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B, reduzindo significativamente o risco de casos graves, hospitalizações e mortes. A proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação.A Secretaria Estadual da Saúde destaca que a vacinação é a principal forma de prevenção e orienta os municípios a manterem o foco na imunização dos grupos mais vulneráveis.A cobertura atual por grupo é a seguinte:
  • Crianças (de seis meses a seis anos): 39,5%
  • Idosos (60 anos ou mais): 53,2%
  • Gestantes: 29,8%

Evolução histórica dos óbitos por gripe no RSConsiderando a série histórica iniciada após a pandemia de H1N1, em 2009, os casos de influenza têm aumentado nos últimos anos. O maior número havia sido registrado em 2024, mas foi superado neste ano.O cenário atual também reflete avanços na vigilância das síndromes respiratórias, com maior capacidade de diagnóstico e registro por parte dos serviços de saúde, em especial após a pandemia de covid-19.Casos de SRAG por influenza / mortes por influenza
  • 2011: 267 / 14
  • 2012: 807 / 68
  • 2013: 565 / 73
  • 2014: 189 / 25
  • 2015: 89 / 9
  • 2016: 1.377 / 212
  • 2017: 440 / 48
  • 2018: 622 / 98
  • 2019: 475 / 76
  • 2020: 17 / 2
  • 2021: 159 / 16
  • 2022: 1.033 / 140
  • 2023: 1.065 / 135
  • 2024: 2.328 / 289
  • 2025 (até 14/7): 2.654 / 423


Foto: Cristine Rochol/PMPAFonte: Sul21

Tags relacionadas: