Insinuando “Estado falho”, Hugo Motta convoca comissão geral do Congresso para debater Reforma Administrativa
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), ficará conhecido na história do nosso país como o deputado que não mediu esforços para desmantelar os serviços públicos brasileiros e atacar os direitos dos servidores.O Bolsonarismo não conseguiu emplacar a PEC 32 como imaginavam em 2020, e agora apresentam a PEC com uma cara nova. O presidente da Câmara dos Deputados, um dos criadores do GT da Reforma Administrativa que ocorreu entre maio e julho desse ano, fala agora em eficiência e modernização do Estado. Mas, por trás do discurso, está o mesmo projeto da PEC 32: enfraquecer os serviços públicos e atacar a carreira dos servidores.Para que a reforma não fique empacada novamente, como aconteceu com a PEC 32, Motta tem aumentado o discurso fake na imprensa de que a reforma irá melhorar os serviços, ao mesmo tempo que intensifica a articulação para aumentar o apoio dos deputados antes da proposta ir para votação.Essa é a razão de Motta aconselhar o relator do GT, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), a adiar a apresentação do relatório final da Reforma Administrativa. E, agora, a mesma razão que o fez convocar uma Comissão Geral para discutir o tema em plenário.A Comissão Geral é uma sessão plenária ampliada que acontece quando o plenário interrompe os trabalhos ordinários para debater um assunto de grande relevância. Hugo Motta convocou a reunião para 3 de setembro (quarta-feira).Enquanto Motta amplia seus esforços em virar a opinião pública e angariar apoio entre os deputados, o Fonasefe têm ampliado a mobilização contra a reforma.Toda terça-feira, servidores realizam um ato no Aeroporto de Brasília para pressionar os parlamentares em trânsito. A ação “Quem votar, não volta”, uma alusão à não reeleição dos deputados que apoiarem a reforma, também está sendo reproduzida nos aeroportos dos estados. Twittaço com a #RefAdministrativaÉDesmonte, seminário nacional e reunião para articulação dos fóruns regionais dos servidores são algumas das ações que aconteceram na primeira quinzena de agosto.Para o Fonasefe, é preciso mobilizar toda a sociedade na luta contra a Reforma Administrativa. A proposta em curso é mais uma medida anti-povo desse Congresso Nacional. A Reforma Administrativa não irá atacar somente os direitos dos servidores públicos, mas de todo o povo brasileiro ao enfraquecer os serviços públicos. Fonte: Sinasefe Nacional (*originalmente do Fonasefe)