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31 de julho 2025

Porto Alegre: Entidades denunciam estrutura precária na 3ª Delegacia de Pronto Atendimento

Porto Alegre: Entidades denunciam estrutura precária na 3ª Delegacia de Pronto Atendimento Nesta quarta-feira (30), o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Policia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm), junto à Associação dos Delegados (ASDEP), enviou um ofício à Chefia de Polícia do Estado cobrando soluções para os problemas estruturais enfrentados pelos policiais civis da 3ª Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Porto Alegre. As dificuldades já haviam sido denunciadas pela Ugeirm em abril deste ano e, segundo o sindicato, a situação só se agravou.Desde a enchente em maio do ano passado, a 3ª DPPA está instalada em uma sala improvisada no Palácio da Polícia. Ainda, a delegacia tem um efetivo reduzido. As equipes, conforme informações do ofício enviado, já chegaram a ter plantões com apenas três policiais disponíveis. As entidades apontam que o quadro fica pior em dias de maior movimento. Os policiais denunciam a falta de cadeiras, sendo obrigados a ceder suas próprias cadeira e ficarem em pé durante as oitivas entre PMs e as partes envolvidas. A sala improvisada também não teria as condições adequadas para a custódia de presos especiais, como mulheres e pessoas trans. Sem celas específicas, esses detidos permanecem sentados em cadeiras, sendo algemados com algemas pessoais dos policiais ou, até mesmo, com lacres plásticos.As entidades cobram, entre outras demandas, a realização de vistoria técnica na unidade, a realocação da 3ª DPPA e modernização de equipamentos e mobiliário, além do aumento do quadro de efetivo e de melhores condições de trabalho.“É preciso agir antes que uma tragédia aconteça”, alerta o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz. Ele destaca que a situação “representa um desrespeito absoluto aos profissionais que se dedicam diariamente a prestar um serviço essencial à população do nosso estado” e qualificou as condições de trabalho no local como “desumanas”.“A situação da 3ª DPPA precisa ser resolvida com urgência, mas também é necessário um plano estadual de recuperação das estruturas das delegacias”, afirma. “Em várias delegacias do estado, a realidade também é alarmante. Instalações elétricas em risco de curto-circuito, como nos três incêndios ocorridos no prédio do Departamento Estadual de Investigações Criminais, goteiras, infiltrações e alagamentos são parte do cotidiano dos servidores”, comenta Ortiz.

Foto: Guilherme Santos/Sul21Fonte: Sul21

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